Itaipu inaugura primeira fábrica brasileira de biometano

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Itaipu inaugura primeira fábrica brasileira de biometano

Itaipu inaugura primeira fábrica brasileira de biometano
Itaipu Binacional inaugura planta de produção de biometano com uso de mistura de esgoto, restos orgânicos de restaurantes e poda de grama.[Imagem: Itaipu]
Biometano
A Itaipu Binacional inaugurou a primeira planta de produção de biometano, gás não poluente, com características similares às do gás natural.
O biometano resulta da purificação do biogás, obtido a partir de mistura de esgoto, restos orgânicos e poda de grama. Serão utilizados para a produção do biometano na fábrica, mensalmente, 10 toneladas de restos de alimentos e resíduos orgânicos e 30 toneladas de poda de grama.
Esse processo para obtenção do biogás substitui o processo usado normalmente com dejetos de animais. De acordo com a empresa, essa será a primeira unidade de fabricação de biogás desse tipo no Brasil.
A fábrica recebeu investimento de R$ 2,16 milhões e tem capacidade de produção de 4 mil metros cúbicos de biometano por mês. A fábrica, construída entre 2015 e 2016, começou operando com um quinto da capacidade, em caráter experimental.
"Essa é uma usina de última geração em termos de produção de biogás. Serve para a gente desenvolver o domínio de tecnologias, de sistemas, coisas que nos permitam apoiar outras iniciativas na região", afirmou o superintendente de Energias Renováveis de Itaipu, Paulo Afonso Schmidt.
Veículos a biometano
A produção de biometano da fábrica será destinada ao abastecimento de veículos. Essa produção é suficiente para 80 a 100 veículos que rodem em média 800 quilômetros mês. Atualmente, 70 veículos da frota de Itaipu são abastecidos com biometano.
No final de 2014, a Itaipu integrou à sua frota veicular o primeiro carro movido a biometano, usado pela Superintendência de Energias Renováveis da usina.
Atualmente, o gasto por quilômetro rodado alcança R$ 0,26, contra R$ 0,36 o custo por quilômetro rodado com etanol.
Disseminação da tecnologia
Paulo Schmidt espera ainda desenvolver processos e tecnologias que apoiem o produtor rural na área de produção de carnes, tendo em vista que o volume de dejetos animais, além de causar danos ao meio ambiente, apresenta risco para o reservatório de Itaipu.
A transformação de dejetos animais em biometano, além de produzir energia para consumo próprio, poderia representar renda adicional para os produtores. O superintendente afirmou que a tecnologia poderá ser aplicada em prefeituras e empresas como fonte de produção de energia. "Itaipu vai apoiar iniciativas como essa", afirmou.

Além de produzir biometano e biofertilizante, a fábrica reduz os gases de efeito estufa e traz benefícios para o tratamento de resíduos. O custo hoje do projeto é de até R$ 0,09 por quilowatt-hora (kwh).

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