Toyota treina robôs para serem assistentes domésticos
Toyota treina robôs para serem assistentes domésticos
Fabrício Filho, editado por Cesar Schaeffer 04/10/2019 18h35
Toyota Research Institute pretende utilizar realidade virtual no treinamento de robôs assistentes, que auxiliarão as pessoas em atividades domésticas
O Toyota Research Institute (TRI) está utilizando realidade virtual no treinamento de robôs para o auxílio em atividades domésticas. A proposta é oferecer uma qualidade de vida melhor aos idosos, que podem ter dificuldades na realização de algumas tarefas dentro de casa. O projeto visa um conhecimento de robótica compartilhado, o que significa que, após um robô aprender um comando, ele ensina ao resto da frota.
O sistema de treinamento em realidade virtual permite aos humanos enxergarem o mesmo que o robô, em tempo real e em 3D, a partir de seus sensores e câmeras. Os robôs são instruídos a realizar tarefas arbitrárias com uma variedade de objetos, como segurar uma alça, por exemplo. Assim, eles não precisam de um mapa completo da casa em que estão, somente de comandos de reconhecimento para realizar as funções indicadas.
"Operar e navegar em ambientes domésticos é muito desafiador para os robôs. Cada casa é única, com uma combinação diferente de objetos em configurações distintas que mudam com o tempo", disse o TRI em comunicado. Para abordar essa diversidade, ensinamos o robô a executar tarefas arbitrárias com uma variedade de objetos, em vez de programá-lo para executar tarefas predefinidas. Assim, quando o robô vê um objeto ou cenário específico novamente, mesmo que a cena tenha mudado um pouco, ele sabe quais ações podem ser tomadas".
"No momento, nosso sistema pode executar com êxito uma tarefa de nível humano relativamente complexa em cerca de 85% das vezes. Isso inclui permitir que o robô tente reconhecer falhas em um comportamento específico. Cada tarefa é composta por cerca de 45 comportamentos independentes, o que significa que todo comportamento individual resulta em sucesso ou falha recuperável em 99,6% das vezes", escreveu o TRI.
No entanto, o sistema não é perfeito. Em vídeo divulgado, o TRI lembra aos espectadores que ele cria protótipos de pesquisa, não conceitos de produtos. Ainda assim, o projeto pode mudar a maneira como os robôs aprendem e oferecer suporte e ajuda àqueles que precisam para desempenhar tarefas domésticas básicas.
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