Meteorito filmado atingindo a Lua a 61.000 km/h

Meteorito filmado atingindo a Lua a 61.000 km/h

Meteorito filmado atingindo a Lua pela primeira vez
O flash do impacto do meteorito na Lua durante o eclipse de 21 de Janeiro de 2019, conforme registrado por dois dos telescópios do projeto MIDAS, que monitora continuamente a superfície da Lua.[Imagem: J. M. Madiedo/MIDAS]
Impacto de meteorito ao vivo
Ao observar o eclipse total da Lua ocorrido em Janeiro passado, milhares de pessoas viram um evento raro, um flash de curta duração produzido quando um meteorito atingiu a superfície lunar.
Relatos generalizados de astrônomos amadores e profissionais indicaram que o flash foi brilhante o suficiente para ser visto a olho nu.
Astrônomos espanhóis agora calcularam que a rocha espacial colidiu com a Lua a 61.000 quilômetros por hora, escavando uma cratera de 10 a 15 metros de diâmetro.
José Madiedo e José Ortiz estavam operando o Sistema de Análise e Detecção de Impactos da Lua (MIDAS), que usa oito telescópios no sul da Espanha para monitorar a superfície lunar, o que lhes permitiu filmar o evento.
Eles calculam que a rocha tinha uma massa de cerca 45 kg, media de 30 a 60 centímetros de diâmetro e atingiu a superfície a 61.000 quilômetros por hora. O local do impacto fica próximo à cratera Lagrange H, perto da porção oeste-sudoeste da "borda" lunar.
O impacto durou 0,28 segundo e foi o primeiro a ser filmado durante um eclipse lunar, apesar de várias tentativas anteriores.
Ao contrário da Terra, a Lua não tem atmosfera para protegê-la. Portanto, mesmo pequenas rochas não se queimam e atingem a superfície. Como esses impactos ocorrem em grandes velocidades, as rochas são instantaneamente vaporizadas no local do impacto, produzindo uma pluma de detritos cujo brilho pode ser detectada na forma de flashes de curta duração.

Bibliografia:

Multiwavelength observations of a bright impact flash during the 2019 January total lunar eclipse
José M. Madiedo, José L. Ortiz, Nicolás Morales, Pablo Santos-Sanz
Monthly Notices of the Royal Astronomical Society
DOI: 10.1093/mnras/stz932

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