TELESCÓPIO SOLAR BRASILEIRO
TELESCÓPIO SOLAR BRASILEIRO
Redação do Site Inovação Tecnológica - 14/02/2019
O telescópio brasileiro Solar-T voou em um balão lançado pela NASA na Antártica, funcionando durante 12 dias a 40 mil metros de altitude.[Imagem: Nasa]
Telescópio solar
Em 2016, o Solar-T, um telescópio brasileiro para observação do Sol em frequências inéditas, foi lançado pela NASA em um voo de circum-navegação pela Antártica, permitindo ver em detalhes explosões solares em frequências terahertz (THz).
Agora, uma nova versão do telescópio fotométrico, batizada de Sun-THz, está sendo construída para voos mais altos.
O Sun-THz será enviado para a Estação Espacial Internacional, onde poderá fazer medições das explosões solares de forma constante. A previsão é que o telescópio seja lançado em 2022.
O telescópio fotométrico trabalhará em uma frequência de 0,2 a 15 terahertz (THz), que só pode ser captada do espaço porque é absorvida pela atmosfera. A descoberta dos raios T vindos do Sol, feita por um telescópio solar no Chile, causou grande perplexidade e agitação entre os astrônomos há poucos anos, que partiram para construir instrumentos adequados para observá-los.
Paralelamente, um outro telescópio, o HATs, será instalado na Argentina. O instrumento, que ficará pronto em 2020, vai trabalhar na frequência de 15 THz em solo, complementando as observações.
Este é o telescópio Solar T, capaz de captar a energia que emana das explosões solares em frequências nunca antes medidas. O Solar-THz será uma versão aprimorada dele. [Imagem: CRAMM]
Solar-THz
O Sun-THz é uma versão aprimorada do Solar-T, que foi construído por uma equipe do Centro de Radioastronomia e Astrofísica Mackenzie (CRAAM), em colaboração com colegas do Centro de Componentes Semicondutores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
A nova versão será feita em uma parceria com o Instituto Lebedev de Física, na Rússia. A maior parte do novo telescópio fotométrico será construída na Rússia, mas contará com peças feitas no Brasil, como um equipamento usado na calibração do instrumento como um todo.
"A tecnologia e o conceito do telescópio foram desenvolvidos aqui. Os russos gostaram da ideia e a estão reproduzindo, colocando, porém, mais elementos. Estamos trabalhando na fronteira da tecnologia. Há 40 anos, essa fronteira era de 100 gigahertz, era o que dava para fazer. Com os resultados que vieram ao longo dos anos, buscamos frequências mais altas e temos boas perspectivas para o futuro," disse o professor Guillermo Giménez de Castro, coordenador da equipe.
Quanto ao futuro, os astrônomos esperam novas melhorias nesses equipamentos com a construção de sensores de grafeno. Bastante sensíveis quando se trata de frequências em terahertz, os sensores de grafeno poderão detectar a polarização da luz e ainda serem mais versáteis, podendo ser ajustados eletronicamente.
Experimentos para a criação desses detectores já estão ocorrendo no Brasil, principalmente no Centro de Pesquisas Avançadas em Grafeno, Nanomateriais e Nanotecnologias.
CP2
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