Nova Zelândia firma acordo com empresa de táxis voadores autônomos
Nova Zelândia firma acordo com empresa de táxis voadores autônomos
Esta pequena nave tem feito uma série de voos-teste por uma empresa financiada por Larry Page, o co-fundador do Google e agora chefe-executivo do Alphabet. Este companhia chama-se Kitty Hawk e é dirigida por Sebastian Thrun, que ajudou no desenvolvimento do carro autônomo do Google.
O aviãozinho-helicótero é totalmente elétrico e deve ser o primeiro táxi voador autônomo do mundo. O próprio Uber também sonha em conquistar os céus do mundo, e publicou em 2017 o plano “Uber Elevate”, também com aeronaves VTOL (Vertical Take-Off and Landing, ou Decolagem e Aterrissagem Vertical).
A intenção de Kitty Hawk é ser mais rápido que o Uber e colocar suas naves em funcionamento logo. Parte da estratégia dessa corrida foi esconder a verdadeira identidade da Kitty Hawk; até então, a empresa assinava os testes com o nome de uma empresa parceira, a Zephyr Airworks.
Nesta terça-feira (13), o projeto finalmente foi anunciado publicamente. Page e a primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern, anunciaram um acordo para testar os aviões autônomos como parte de um processo de certificação oficial. A intenção é que uma rede de táxis voadores entre em operação no país até 2021.
Este acordo é um grande passo em direção à comercialização dessa tecnologia, que mesmo nas previsões mais positivas só entraria em operação ao redor de 2028. Assim, a Nova Zelândia espera passar na frente de vários países que também estudam a implantação desse tipo de táxi, como China e EUA.
Em um e-mail ao New York Times, Arden afirmou que a decisão de trabalhar com a Kitty Hawk é uma tentativa de dizer ao mundo que o país está aberto para pessoas com grandes ideias que querem ver virar realidade.
- Não é mais um sonho: o carro voador do Vale do Silício decolou
Outros países no Oriente Médio e África têm permitido voos sem pilotos e podem ser um dos primeiros países a estrear a tecnologia. O passo dado pela Nova Zelândia, porém, pode ser inspiração poderosa para que a legislação dos EUA seja revisada para permitir este tipo de voo (atualmente apenas testes são permitidos).
Outras empresas envolvidas em projetos semelhantes são a Boieng e a EHaug, da China.
Informações técnicas
O aviãozinho é chamado de Cora e tem 10,9 m de envergadura com 12 rotores que funcionam à bateria. Ele pode voar 100km e carrega dois passageiros.
Um aplicativo está em desenvolvimento para que os passageiros possam chamar os aviões da região.
A Kitty Hawk não pretende vender os veículos, e sim ser dona e operar a rede diretamente. [New York Times]
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