Cientistas encontram uma das estrelas mais antigas da Via Láctea

Cientistas encontram uma das estrelas mais antigas da Via Láctea


Ilustração da explosão das primeiras estrelas massivas a se formarem na Via Láctea, momento em que deve ter surgido o astro encontrado pelos cientistas espanhóis. (Foto: Gabriel Pérez, SMM (IAC))
Pesquisadores do Instituto de Astrofísica de Canarias, na Espanha, identificaram uma das mais antigas estrelas da nossa galáxia. O astro é chamado de J0815+4729 e deve ter sido formado 300 milhões de anos após o Big Bang, somando cerca de 13,5 bilhões de aninhos.
Por causa da sua idade avançada, a estrela é também uma das que possuem menos metais em sua composição. Apesar disso, sua descoberta pode ser a chave para entender a formação dos primeiros elementos químicos da Via Láctea.
A estrela
A estrela foi identificada pelo Grande Telescópio Canárias, na Espanha, e está localizada a 7.500 anos-luz do nosso Sol, no halo da Via Láctea, no campo de visão da Constelação de Lince.
“Apenas algumas poucas estrelas desse tipo (contado nos dedos das mãos) são conhecidas no halo, onde se encontram as estrelas mais antigas e mais pobres em metais da nossa galáxia”, diz David Aguado, principal autor do artigo publicado pela The Astrophysical Journal Letters.
Segundo as previsões dos cientistas, o astro ainda está passando pela sequência principal, o período mais longo da vida de uma estrela, quando hidrogênio e hélio são fundidos em seu núcleo e o brilhos apresentado é estável.
Ainda de acordo com as análises do telescópio, calcula-se que a estrela tenha apenas 70% da massa do nosso Sol e também possua apenas uma milionésima parte de cálcio e ferro em comparação a ele. Em compensação, o novo astro é rico em carbono e sua superfície é 400 graus mais quente que a do Sol.

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