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Exoplaneta gigante desafia teorias de formação planetária
Redação do Site Inovação Tecnológica - 01/11/2017
Impressão artística do planeta gigante em torno de sua pequena estrela. [Imagem: Warwick/Mark Garlick]
Teoria versus realidade
Uma colaboração internacional de astrônomos descobriu um planeta gigante que, segundo as teorias atuais, não deveria existir.
O incomum NGTS-1b é o maior planeta em comparação com o tamanho da sua estrela já descoberto no universo.
"A descoberta do NGTS-1b foi uma completa surpresa para nós - não se acreditava que tais planetas maciços existissem em torno de estrelas tão pequenas. Este é o primeiro exoplaneta que encontramos e já estamos desafiando [as teorias] de como os planetas se formam. Nosso desafio agora é descobrir o quão comum esse tipo de planeta é na galáxia," disse o professor Daniel Bayliss, da Universidade de Warwick, no Reino Unido.
O pesquisador cita o "primeiro exoplaneta que encontramos" referindo-se ao uso de um observatório de rastreio recém-inaugurado, o NGTS (Next-Generation Transit Survey), que faz rastreios automáticos do céu procurando exoplanetas pela técnica do trânsito planetário.
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Planeta gigante
O exoplaneta NGTS-1b é um gigante gasoso - também conhecido como júpiter quente - localizado a 600 anos-luz de distância. Ele tem o tamanho de Júpiter e orbita uma pequena estrela com metade do diâmetro e da massa do nosso Sol.
Sua existência desafia as teorias da formação dos planetas, que afirmam que um planeta deste tamanho não poderia ser formado por uma estrela tão pequena. De acordo com essas teorias, estrelas pequenas podem formar planetas rochosos facilmente, mas não juntariam material suficiente em seu disco primordial - posteriormente em seu disco protoplanetário - para formar planetas do tamanho de Júpiter.
O exoplaneta está muito perto da sua estrela - apenas 3% da distância entre a Terra e o Sol. Ele completa uma órbita a cada 2,6 dias, o que significa que um ano em NGTS-1b dura dois dias e meio.
A temperatura no planeta gasoso é de aproximadamente 530° C, o que parece quente, mas é uma das menores nessa classe dos júpiteres quentes, o que se deve às pequenas dimensões da sua estrela.
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Bibliografia:
NGTS-1b: a hot Jupiter transiting an M-dwarf
Daniel Bayliss et al.
Monthly Notices of the Royal Astronomical Society
https://arxiv.org/abs/1710.11099
NGTS-1b: a hot Jupiter transiting an M-dwarf
Daniel Bayliss et al.
Monthly Notices of the Royal Astronomical Society
https://arxiv.org/abs/1710.11099
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