Navios terão aço do casco substituído por fibras
Mecânica
Navios terão aço do casco substituído por fibras
Redação do Site Inovação Tecnológica - 22/08/2017
O uso de materiais compósitos é essencial para viabilizar novas tecnologias na indústria naval, como os navios-vela e os navios anti-ondas.[Imagem: LADE AS]
Navios sem aço
O projeto europeu FibreShipestá com tudo pronto para começar a projetar e construir o primeiro navio de grande porte com um casco feito inteiramente de materiais compósitos, dispensando o tradicional aço.
O objetivo é tornar mais leves os navios comerciais de grande porte - navios com mais de 50 metros de comprimento.
O casco deverá ser feito inteiramente de polímeros reforçados com fibras - os chamados materiais compósitos, como os já utilizados em carros de competição, artigos esportivos e também nos barcos menores.
O projeto, financiado pelo Programa Horizontes 2020, da União Europeia, envolve 18 entidades de 11 países, incluindo universidades, institutos de pesquisa e empresas privadas.
Navios de fibra
Embora a maior parte dos barcos e navios de pequeno porte - como iates de lazer - já sejam construídos de fibra, o objetivo do projeto é permitir a fabricação de navios maiores e, de forma mais geral, viabilizar a adoção em larga escala dos materiais compósitos na indústria de construção naval.
Entre os potenciais benefícios do uso de materiais compósitos nos navios, a equipe espera obter uma redução de até 30% no peso dos navios, redução do consumo de combustível entre 10% e 15%, aumento do índice de reciclagem dos atuais 34% das estruturas de aço para 75%, uma redução substancial da emissão de gases de efeito estufa, menor poluição sonora e um aumento da capacidade de carga em cerca de 12%.
"[O projeto] irá criar os conhecimentos e as ferramentas para a construção de grandes navios comerciais de compósitos, com mais de 50 metros de comprimento, tanto para a navegação marítima quanto interior, superando os desafios e os hiatos tecnológicos atualmente existentes na construção naval convencional," disse o professor Anthony Comer, um dos coordenadores do FibreShip.
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