Avião hipersônico cai no mar depois de atingir Mach 20
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Avião hipersônico cai no mar depois de atingir Mach 20
Redação do Site Inovação Tecnológica - 16/08/2011
O voo atmosférico hipersônico durou 9 minutos. O HTV2 enviou dados úteis durante 139 segundos, o que permitiu aferir velocidades entre Mach 17 e Mach 20.[Imagem: Darpa]
Bombardeiro espacial
A Agência de Projetos de Pesquisa Avançados dos Estados Unidos (DARPA) anunciou oficialmente a perda de mais um protótipo de bombardeiro hipersônico.
A intenção da agência é criar uma forma de lançar uma bomba em qualquer ponto do planeta em uma hora ou menos.
O veículo perdido chamava-se Veículo 2 de Tecnologia Hipersônica (HTV2: Hypersonic Technology Vehicle), mas também atendia pelo apelido de Falcon.
O HTV2 é um veículo-conceito de 4 metros de comprimento, lançado por um foguete até a órbita da Terra, de onde ele mergulha de volta à atmosfera, podendo atingir uma velocidade equivalente a Mach 20 (21.000 km/h).
Os ônibus espaciais viajavam a mais de 28.000 km/h. Mas, para pousarem, todos os esforços eram feitos no sentido de diminuir sua velocidade. Com o HTV2, dá-se o contrário, tentando manter a velocidade hipersônica mesmo depois da reentrada na atmosfera.
Voo hipersônico sem controle
A reentrada, como sempre, é o momento crítico, quando o nariz desse híbrido de nave e avião atinge até 2.000º C.
O primeiro protótipo do avião hipersônico caiu sobre o Oceano Pacífico em 2010, depois de um voo de pouco mais de 3 minutos (200 segundos) a Mach 5.
Agora a DARPA afirma que o voo durou 9 minutos. O HTV2 enviou dados úteis durante 139 segundos, o que permitiu aferir velocidades entre Mach 17 e Mach 20.
Os dados de radar indicam que o avião hipersônico manteve a trajetória prevista, caindo no Pacífico. Mas não se sabe os motivos da perda de contato, embora a elevada temperatura e o plasma ionizado incandescente ao seu redor durante a reentrada sejam as causas mais prováveis.
"Aqui está o que nós sabemos," disse Chris Schulz, da DARPA. "Nós sabemos como levar a aeronave ao espaço próximo. Nós sabemos como inserir a aeronave em um voo hipersônico atmosférico. Nós não sabemos ainda como obter o controle desejado durante a fase aerodinâmica do voo. É irritante, mas eu estou certo de que há uma solução. Nós temos que descobri-la."
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