Pesquisadores debatem inovação e convergência digital


Pesquisadores debatem inovação e convergência digital

Sílvio Anunciação - 12/12/2011
Competidores e mercado
A convergência digital, tema emergente e situado na fronteira do conhecimento, foi discutida nesta segunda-feira por pesquisadores da Unicamp e do CPqD (Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Telecomunicações).
O tema foi abordado sob o prisma da inovação, envolvendo três áreas: o surgimento de novos negócios, a inclusão digital e a regulação do setor de telecomunicações.
O economista Ruy de Quadros Carvalho, coordenador do Laboratório de Gestão de Tecnologia e Inovação (Labgeti), explicou que o fenômeno da convergência digital está dissociando as barreiras que dividem competidores e mercados.
Convergência empresarial
No Brasil, os negócios das empresas prestadoras de serviços eram historicamente distintos, tendo seus limites claramente definidos.
A partir dos anos 90, as inovações tecnológicas no setor permitiram congregar áreas tradicionais de telecomunicações, como telefonia, rádio e televisão e setores ligados à internet.
A TV no celular, as integrações entre as telefonias fixas, móveis e Internet e o caso mais recente da Smart TV são bons exemplos para entender este fenômeno, ilustrou Quadros.
"Se por um lado a convergência dissolve algumas muralhas, por outro, mostra a importância de olhar para a inovação em serviços. O setor de serviços é muito importante para a economia. E uma parte importante do setor de serviços é afetada pela convergência digital", explica.
Criando mercado
Os serviços de telecomunicações no país respondem por uma receita operacional bruta de R$ 135,3 bilhões. O dado, de 2009, foi apresentando pela pesquisadora Luciana Cristina Lenhari, do Departamento de Política Tecnológica e Científica (DPCT).
Um dos objetivos do trabalho de Luciana foi estudar os recursos empregados pelas empresas nas suas estratégicas competitivas.
O seu estudo aponta que a estratégia dessas empresas não é só de adaptação às condições deste novo mercado, mas uma estratégia que visa a criar o próprio mercado futuro de serviços de conteúdo audiovisual de entretenimento.

COMERCIAL PYRAMON

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