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Programa de computador supera QI humano pela primeira vez
O que é inteligência?
O que significa inteligência?
No século 19, ser inteligente significava que você tinha uma boa capacidade de memorizar coisas.
No século 20, ser inteligente passou a significar tirar notas altas em teste de QI (quociente de inteligência), cuja média na sociedade era 100 da última vez que foi aferida.
Se isto continua sendo verdade para o século 21, então acabou de nascer um computador muito mais inteligente do que a média dos humanos.
Pesquisadores suecos acabam de criar um programa de computador com um QI de 150.
Teste de QI para computadores
Testes de QI, ou testes de inteligência, são baseados em dois tipos de problemas: matrizes progressivas, que testam a capacidade para ver padrões em desenhos, e sequências numéricas, que testam a capacidade para ver padrões em números.
Do DNA para o binário? O programa de computador com QI 150 nasceu graças à incorporação
de um modelo da forma como os humanos pensam. [Imagem: Miriam Boon]
Os melhores programas matemáticos construídos até hoje só muito raramente atingem um QI igual a 100 - ou seja, ficam abaixo da média humana.
Isso agora foi superado por um programa criado por Claes Strannegard e seus colegas da Universidade de Gotemburgo.
Segundo ele, já é hora de tentar criar programas de computador mais espertos, eventualmente dotadas da chamada inteligência artificial: "Nós estamos tentando criar programas que possam descobrir os mesmos tipos de padrões que os humanos podem ver."
Modelo psicológico
A construção de um programa de computador realmente inteligente foi possível com a integração de um modelo psicológico do comportamento humano.
Por exemplo, imagine a questão "1, 2, ?. O que vem a seguir?".
A maioria das pessoas vai responder 3. Mas um programa matemático ficará em dúvida se os dois números não seriam parte de uma sequência "1, 2, 1, 2", ou "1, 2, 4, 6".
Do ponto de vista matemático, nenhuma das respostas é melhor ou mais correta do que a outra. É por isto que os programas matemáticos falham.
Ao integrar o modelo psicológico, o novo programa passou a se emular um pouco melhor a forma humana de resolver problemas.
Isto o torna capaz de sair-se muito bem com perguntas abertas, em que não há alternativas de resposta, ou múltipla escolha.
Resultado: um programa de computador com QI 150.
Aplicações práticas
Esta combinação de matemática e psicologia tem um enorme potencial de aplicações práticas.
A era da informação está gerando um volume de informações muito acima do que o homem consegue lidar - um fenômeno apelidado de "dilúvio de dados".
Isto porque é difícil encontrar, nessa enxurrada global de números, padrões que possam levar a conclusões úteis.
É o caso dos dados financeiros, da previsão do tempo, da observação astronômica, da busca por civilizações extraterrestres, da visão artificial para robôs, do comportamento de moléculas e bactérias, enfim, de um sem-número de dados científicos.
Como não há ainda uma alternativa à observação humana desses dados, os cientistas têm lançado diversas iniciativas, conhecidas como ciência-cidadã, em que o público é convidado a se voluntariar para procurar padrões nos dados científicos - e fazer descobertas.
A nova abordagem desenvolvida pelos cientistas suecos pode finalmente representar o pássaro que traz um ramo pós-dilúvio no bico.
Mas a equipe parece mais interessada em outras aplicações, como "projetar programas de computador para pessoas que queiram praticar suas habilidades na solução de problemas," afirmam.
Programa encontra melhor música de fundo para fotografias
Cientistas alemães desenvolveram um programa capaz de selecionar uma trilha sonora para uma fotografia ou imagem.
O programa sistematiza a técnica usada por produtores de filmes para atribuir uma música de fundo adequada para cada cena - com muito menos trabalho, é claro.
Três níveis
O processo é realizado por um algoritmo que opera em três níveis.
Para começar, a imagem ou fotografia é comparada com uma gigantesca base de dados de cenas de filmes - os quadros do filme entendidos como imagens individuais - e das trilhas sonoras que os diretores escolheram para elas.
É essa base de dados, que cresce continuamente, que permite que o programa parta de um expertisehumano, e não de uma mera escolha aleatória.
No segundo nível, o programa cria uma lista das trilhas sonoras atribuídas às imagens que mais se parecem com a imagem escolhida pelo usuário.
Finalmente, no terceiro nível, o programa usa um cálculo matemático para eliminar redundâncias, e mostra ao usuário apenas as opções mais fidedignas.
Associações subjetivas
Segundo Aleksander Stupar e Sebastian Michel, criadores do programa, batizado de Picasso, apresentar uma lista de possíveis trilhas sonoras ao usuário faz mais sentido do que o programa fazer a escolha final porque cada imagem em particular traz diferentes associações para diferentes usuários.
Os interessados podem fazer sua própria avaliação do Picasso no site de demonstração do projeto, mantido pela Universidade de Saarland.
O endereço é http://picasso.mmci.uni-saarland.de/demo/.
Redação do Site Inovação Tecnológica
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O sábio basta a si mesmo