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bactérias, fungos e vírus

QUAL A DIFERENÇA ENTRE BACTÉRIAS, FUNGOS E VÍRUS?

Microrganismos são seres vivos caracterizados pelo seu tamanho reduzido, passíveis de visualização apenas em microscópios.
Bactérias, fungos e vírus fazem parte desse grupo, juntamente com as microalgas e parasitas como os protozoários, e têm em comum mais do que apenas o seu tamanho microscópico, e por isso é comum confundi-los, principalmente quando a questão é saúde humana ou meio ambiente.
Bactérias e fungos são chamados de “faxineiros do planeta”, pois são capazes de degradar matéria orgânica e fixar nutrientes no solo, por exemplo, que de outra forma o homem não seria capaz. Sob outra perspectiva, se assemelham também no tocante a doenças que acometem o corpo humano. Doenças são normalmente caracterizadas pelos seus sintomas, que aparecem mesmo antes de saber-se qual o agente causador. Como o sistema imunológico humano costuma responder de forma semelhante, sinais como tosse, febre, inflamações, crises eméticas, fadiga, entre outros, são similares para fungos, bactérias e vírus em diferentes níveis. Então, como diferenciá-los?
Graças aos avanços da Microbiologia, ciência desenvolvida a partir do século XIX, o conceito de “vida” que estudamos hoje na Biologia tornou-se muito mais abrangente do que em tempos antigos, e desde lá avanços em técnicas para caracterizar formas de vida microscópicas vêm sendo desenvolvidos.

DO MICROSCÓPIO PARA OS LIVROS

O mais frequente e primordial deles é o uso do microscópio. Com a capacidade de aumento de escala de 1000 vezes num microscópio ótico, a visualização de estruturas celulares se tornou possível, e a diferenciação estrutural dos microrganismos foi sendo detalhada ao longo dos últimos séculos. Nesse quesito, as primeiras diferenças entre bactérias e fungos podem ser detalhadas, com olhares refinados de outras áreas da microbiologia como a engenharia genômica e metabólica.
Evolutivamente, bactérias possuem uma morfologia mais arcaica dos seres vivos, a saber: a ausência de organelas citoplasmáticasmaterial genético desprotegido de membrana nucleica (a carioteca – por isso chamados de “procariontes”) e uma parede celular que pode ser mais ou menos especializada – o que permite a diferenciação pela coloração de Gram, saiba mais sobre o assunto clicando aqui.
Agora, quando o assunto são os fungos microscópicos, é importante destacar que não entram em questão todos os representantes do reino Fungi – estruturas macroscópicas como os cogumelos possuem uma organização celular bastante diferenciada das estruturas microscópicas. Por serem mais evoluídos, os fungos integram o grupo de seres conhecidos como eucariontes: seu núcleo é organizado e o material genético protegido por membrana nuclear. É essa diferenciação um dos motivos, inclusive, que permitiu que os fungos evoluíssem para sua forma macroscópica. A partir do alongamento de suas células multinucleadas (pseudo-hifas), os fungos microscópicos unicelulares se tornaram capazes de adquirir forma multicelular (hifas). A parede celular desses organismos é composta de quitina e pode ser considerada mais especializada que a das bactérias, assim como seu interior celular que é mais complexo e diferenciado em organelas.

A REPRODUÇÃO DE MICRORGANISMOS E A PECULIARIDADE DOS VÍRUS

Outra maneira de diferenciar vírus, fungos e bactérias é sua forma de reprodução. E essa característica tem uma implicação interessante. Vírus são fitas de material genético recobertas ou não por uma cápsula proteica. São parasitas intracelulares obrigatórios*, o que quer dizer que seu ciclo de vida depende de um outro organismo para prosseguir. Quando fora desse sistema, vírus conseguem sobreviver por no máximo uma semana, sendo costumeiro dizer que a maior parte dos vírus não resiste mais de 24h em superfícies inertes.
Bactérias, por sua vez, se reproduzem em grande maioria assexuadamente, e por terem uma estrutura mais simples que a dos fungos, conseguem fazer o processo de forma relativamente rápida, mas normalmente menos resistente. Uma ferramenta desenvolvida pelas bactérias para que conseguissem colonizar melhor ambientes inóspitos foi a produção dos chamados biofilmes – tema que tratamos com mais detalhes no nosso artigo: 10 Perguntas mais frequentes sobre os antimicrobianos TNS.
Mais evoluídos, os fungos são capazes de penetrar diversas estruturas e obter alimento em condições bastante inóspitas, inclusive de baixa umidade. Suas colônias podem demorar mais a crescer e se estabelecer se comparado com bactérias, mas são mais difíceis de sanitizar, costumeiramente comprometendo toda o material impregnado, como é o caso dos mofos e bolores.
Além dos controles sanitários e de biossegurança promovidos pelos setores industriais preocupados com esses contaminantes, a TNS desenvolveu um amplo portfólio de compostos antimicrobianos nanotecnológicos versáteis para garantir que materiais não sejam colonizados por todos esses microrganismos, e que se adequam aos mais variados setores de produção industrial e diferentes contaminantes. Aplicados em matrizes têxteis e poliméricas, por exemplo, os antimicrobianos TNS atuam de forma prolongada, evitando a penetração de hifas e a formação de biofilmes. Entre em contato com um de nossos consultores para saber mais!
* Uma curiosidade: existe um grupo de bactérias conhecidas como Rickettsiae que possuem características morfológicas semelhantes à do restante do reino das bactérias, mas se comporta como parasita intracelular obrigatório, como os vírus! Resistentes por até 6 horas fora de hospedeiros, seu nome é uma homenagem póstuma ao pesquisador que as identificou no início do século XX, Howard Taylor Ricketts, após sua morte devido os estudos. O gênero Rickettsiae possui várias espécies virulentas, e as doenças causadas por essas cepas virulentas são capazes de levar a óbito rapidamente se não tratadas.
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