Fim dos subpíxeis RGB promete multiplicar a resolução das telas

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Fim dos subpíxeis RGB promete multiplicar a resolução das telas

Fim dos subpíxeis RGB promete multiplicar a resolução das telas
Cada píxel passa integralmente de uma cor a outra. [Imagem: Daniel Franklin et al. - 10.1038/ncomms15209]
Píxel de cor contínua
Esta inovação poderá de fato revolucionar as telas - de TVs, computadores, celulares e tudo o mais.
Uma nova técnica permite ajustar a cor dos píxeis individualmente, fazendo a cor mudar de forma contínua. Isso elimina a necessidade dos subpíxeis - atualmente, todas as telas são feitas de píxeis formados por três subpíxeis, um vermelho, um verde e um azul.
"Nós podemos fazer com que um subpíxel vermelho passe para o azul, por exemplo," explicam Daniel Franklin e Debashis Chanda, da Universidade Central da Flórida, nos EUA.
O resultado é que será possível aumentar muito a densidade dos píxeis na tela, elevando a resolução para níveis inimagináveis com a tecnologia atual. E como não será mais necessário desligar subpíxeis para exibir uma cor sólida, o brilho das telas poderá ser muito maior do que das atuais.
"Em outras telas isto não é possível porque eles precisam de três filtros de cores estáticos para mostrar a cor RGB completa. Não precisamos disso mais; um único píxel, sem subpíxeis, pode ser ajustado através de uma determinada gama de cores," complementou Chanda.
Nanoestruturas
A inovação se baseia em uma técnica que a equipe apresentou em 2015, com uma tela passiva e flexível que mais se parecia com uma pele.
Fim dos subpíxeis RGB promete multiplicar a resolução das telas
A equipe agora já trabalha para repassar a tecnologia para a indústria. [Imagem: Daniel Franklin et al. - 10.1038/ncomms15209]
Agora eles não precisam mais variar as nanoestruturas em formato de caixa de ovos que usaram no primeiro protótipo, o que era necessário para obter variações de cor. Eles descobriram que basta variar a rugosidade da superfície para obter uma gama completa de cores, usando uma única nanoestrutura.
A dupla garante que sua superfície nanoestruturada pode ser facilmente integrada na atual tecnologia de fabricação de telas, de modo que o hardware básico não precisaria ser substituído.
"Isso permite que você aproveite todas as décadas preexistentes de tecnologia LCD. Não precisamos mudar toda a engenharia que foi feita para fazer isso," disse Franklin.
Os pesquisadores agora estão trabalhando para aumentar o tamanho das suas telas para levar a tecnologia ao setor privado.

Bibliografia:

Actively addressed single pixel full-colour plasmonic display
Daniel Franklin, Russell Frank, Shin-Tson Wu, Debashis Chanda
Nature Communications
Vol.: 8, Article number: 15209
DOI: 10.1038/ncomms15209

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