Brasileiros constroem computador de bordo para nanossatélites em código aberto

Brasileiros constroem computador de bordo para nanossatélites em código aberto

Brasileiros constroem computador de bordo para nanossatélites em código aberto
Open OBC é um microcomputador de bordo com padrão de hardware e software abertos.[Imagem: UFC]
Cérebro de nanossatélite
Engenheiros da Universidade Federal do Ceará (UFC), com apoio do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), construíram um computador de bordo para nanossatélites, ou cubesats.
Aliando baixo custo e alta confiabilidade, o computador já tem agendado seu primeiro teste em condições reais.
"O computador de bordo está sendo desenvolvido para os nanossatélites da constelação CONASAT e, também, poderá ser usado em outras missões de cubesats," informou o pesquisador Manoel Jozeane de Carvalho, do INPE.
Batizado de Open OBC, por ser um computador de bordo com padrão de hardware e software abertos, o equipamento foi desenvolvido pelo estudante David Freitas Mota, com a orientação dos professores João César Mota e Jarbas Aryel da Silveira.
A missão CONASAT, uma constelação de seis nanossatélites para coleta de dados ambientais, fará parte do Sistema Brasileiro de Coleta de Dados Ambientais (SBCDA) - cada nanossatélite é um cubo com 20 centímetros de aresta, pesando cerca de oito quilogramas. O projeto está servindo também de plataforma para capacitação de recursos humanos.
Open OBC
A arquitetura do Open OBC é baseada no processador TMS570LS0432, da Texas Instruments, que inclui um núcleo ARM Cortex-R4 em duas CPUs, detecção e correção de falhas em suas memórias RAM e ROM internas e hardware BIST tanto na CPU quanto na memória RAM.
Uma memória flash externa é utilizada para armazenamento de códigos e de dados.
Para integração com os demais subsistemas do nanossatélite, o microcomputador conta com duas interfaces I2C. No CONASAT, uma delas será exclusiva para comunicação com o transponder DCS, desenvolvido pelo INPE.
A arquitetura é complementada por uma interface UART para diagnóstico e depuração, sinais PWM para acionamento das bobinas de torque e entradas ADC para medição da intensidade da luz solar nas faces do satélite.
Estão previstos ainda um cartão MicroSD para armazenamentos de dados e uma interface CAN para tráfego de informações transmitidas em tempo real, garantindo, assim, um controle rígido de erros e a recepção de mensagens.

O computador de bordo foi testado em laboratório e aprovado para ser integrado aos demais subsistemas dos nanossatélites CONASAT.

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