Perturbações Harmônicas


Como lidar com as crescentes

 perturbações harmônicas geradas 

pelos aparelhos eletroeletrônicos?

15-02-2012
Confira algumas dicas que ajudam a minimizar esses problemas, que são cada vez mais comuns.


Com o desenvolvimento de tecnologia de ponta, hoje é quase impossível eliminar as perturbações harmônicas. Mas pode-se minimizar seus efeitos maléficos tais como a redução da vida útil dos equipamentos, queima de fusíveis, superaquecimento dos cabos, queda dos disjuntores, ruídos e vibrações nos aparelhos e painéis de energia, chiados no telefone, travamento no computador, linhas na imagem da TV, entre outras consequências. A detecção da harmônica exige sobretudo muito estudo do ambiente por parte de profissional. É como um médico que, para fazer o diagnóstico correto, precisa se inteirar dos sintomas, ou seja, captar um conjunto de informações que possa levá-lo a fazer conclusões e conduzi-lo à solução mais apropriada.

O primeiro passo é detectar qual equipamento está gerando a harmônica, usando medidores específicos, chamados de aparelhos True RMS. Os medidores convencionais não medem harmônicas com eficiência e as leituras podem ser falsas, com grande margem de erro. Dependendo da configuração de cada instalação, algumas harmônicas não são nocivas e o importante é localizar os aparelhos que gerem aquelas mais significativas, com maiores índices de THD (Taxa de Distorção Harmônica).


A partir disso, se busca eliminar o aparelho com maior THD do circuito ou então substituí-lo por um similar que gere menos harmônicas. Por isso, a dica é escolher sempre um aparelho que gere menos harmônica. Isto deveria ser um dado de catálogo dos aparelhos eletroeletrônicos, mas nem sempre é assim. Entre os aparelhos que provocam distúrbios expressivos estão os reatores para as lâmpadas fluorescentes, máquinas de solda, inversores de frequência e no breaks. Caso não se consiga substituir o aparelho danoso, outra alternativa é acoplar neste um filtro de harmônica. Ele consegue reduzir as perturbações a níveis bem baixos. Importante é buscar o melhor custo benefício, pois dependendo do número de aparelhos que necessitarão de filtros em determinado circuito, o ideal é adotar um único filtro de maior capacidade. Outra alternativa é utilizar um transformador de isolação, projetado sob medida para a instalação. Uma medida importante e, muitas vezes, de mais baixo custo do que a compra de filtros, é a substituição de cabos elétricos e proteções considerando seções maiores e mais apropriadas a suportar essas interferências e superaquecimentos na rede.

A perturbação harmônica é um problema que se agrava a cada dia e não está relacionada à qualidade da instalação elétrica, mas às interferências eletromagnéticas promovidas pelos eletroeletrônicos instalados num mesmo circuito elétrico. Essas alterações são geradas pelos componentes eletrônicos contidos em alguns desses equipamentos e transmitidos à rede elétrica. Os circuitos desses aparelhos promovem deformações nas senóides, alterando a frequência com que operam, o que pode causar danos ou prejudicar o seu funcionamento. Quase 100% das instalações elétricas do planeta tem harmônicas, sejam elas de pequena ou grande intensidade. Mas como novos aparelhos eletroeletrônicos vão surgindo no mercado e sendo acrescentados com frequência nos vários ambientes - residenciais, comerciais e industriais – o ideal é que se fique atento à medição da THD.

COMERCIAL PYRAMON

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